Projetos de armazenamento de energia em Estremoz e Évora já começaram a ser construídos
A empresa Hyperion Renewables iniciou a construção dos seus primeiros projetos de armazenamento de energia, em Estremoz e Évora, podendo vir a dar respostas na área do abastecimento a mais de cinco mil famílias, foi hoje divulgado.
Em comunicado, a empresa explica que os projetos estão a ser desenvolvidos em parceria com a Omexom Portugal, especialista em engenharia e infraestruturas energéticas, e com a Saft, subsidiária da TotalEnergies que se dedica a soluções avançadas de armazenamento em bateria.
“Em conjunto, as três empresas dão um passo decisivo para a estabilidade da rede elétrica e para a nova etapa da transição energética nacional”, lê-se no comunicado.
“Localizados em Estremoz e Évora, os projetos, com 16 MW de potência de injeção e 64 MWh de capacidade de armazenamento, serão instalados em conjunto com centrais solares existentes de 29 MWp e 52 MWp”, acrescentam.
Os promotores explicam ainda que, durante o seu ciclo de construção e operação, estima-se que sejam criados “entre 25 e 30 postos de trabalho diretos e indiretos”.
No comunicado é também sublinhado que a operação permitirá “aumentar a eficiência dos ativos”, “reduzir perdas” em períodos de elevada produção solar e contribuir diretamente para “um mix energético mais equilibrado”.
“A energia armazenada diariamente será suficiente para abastecer mais de cinco mil famílias, reforçando a independência energética e apoiando os objetivos nacionais de descarbonização”, lê-se no documento.
Segundo os promotores, os sistemas representam “um marco relevante” na integração entre produção solar e armazenamento, aproximando Portugal do modelo energético que marcará a próxima década e que passa por uma “combinação inteligente” entre geração renovável e capacidade de guardar energia para garantir maior eficiência, flexibilidade e segurança no abastecimento.
“A execução será assegurada pela Omexom Portugal, responsável pelo design, fornecimento e construção em regime Balance of Plant (BoP), e pela Saft, que fabricará e fornecerá a tecnologia principal: 21 contentores, sistemas de conversão de potência com capacidade ´grid-forming` e soluções avançadas de gestão de energia”, explicam.
Os projetos contam com “apoio parcial” do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
“Estes serão os primeiros projetos híbridos (solar mais armazenamento) do portefólio da Hyperion e alguns dos primeiros investimentos deste tipo a avançar em território ibérico, posicionando a empresa e o país na linha da frente da inovação energética”, revelam.
Além do impacto energético, estes projetos têm também uma dimensão económica e social relevante para as regiões onde se inserem, segundo a Hyperion Renewables.